Introdução
Nos dias comuns, as amidot das três tefilot são constituídas de dezenove berachot. No Shabat, além das três tefilot que fazemos diariamente, acrescentamos mais uma, o Mussaf. Todas as amidot de Shabat e Yom Tov são constituídas de sete bênçãos, com exceção do Mussaf de Rosh Hashaná que é constituído de nove bênçãos.
As três primeiras bênçãos de todas as amidot de Shabat são iguais a todas as amidot que pronunciamos sempre. São as seguintes:
1 - Maguen Avraham.
2 - Mechayê Hametim.
3 - Hakel Hacadosh.
A quarta berachá das amidot de Shabat é a mesma: Mecadesh Hashabat. No entanto, os textos do meio destas amidot são diferentes:
Em Arvit: inicia com “atá kidashta” e termina com “mecadesh Hashabat”.
Em Shachrit: inicia com “yismach Moshê” e termina com “mecadesh Hashabat”.
Em Mussaf: inicia com “ticanta Shabat” e termina com “mecadesh Hashabat”.
Em Minchá: inicia com “Atá echad” e termina com “mecadesh Hashabat”.
As três últimas berachot das amidot de Shabat são iguais a todas as amidot que pronunciamos sempre. São as seguintes:
5 - Hamachazir Shechinatô Letsiyon.
6 - Hatov Shimchá Ulchá Naê Lehodot.
7 - Hamevarech et Amô Yisrael Bashalom Amen.
Quem trocar o texto da Amidá
1. Ao concluir a terceira bênção (Hakel Hacadosh), o indivíduo que se equivocar e, em vez de seguir com o texto de Shabat, começar a recitar o texto semanal de Atá Chonen, deverá concluir a bênção na qual se deu conta do engano e seguir com o texto de Shabat. Não faz nenhuma diferença se ele perceber o engano na primeira ou em qualquer outra bênção das intermediárias; ele sempre deverá concluir a bênção iniciada e seguir com o texto de Shabat. Única exceção será feita no Mussaf, quando deverá interromper no meio, assim que se der conta do erro, e retomar a partir de “Ticanta Shabat”.
2. Entretanto, se o indivíduo estiver começando a falar por engano o texto semanal de Atá Chonen, mas só falar a palavra “Atá”, deverá proceder da seguinte forma:
a) Em Arvit e Minchá deverá seguir com o texto de Shabat normalmente, pois nestas duas amidot o trecho intermediário também começa com a palavra Atá.
b) Em Shachrit, depende de qual foi o pensamento ao iniciar a Amidá:
- Se o indivíduo pensou que era um dia comum e não Shabat, deverá terminar o trecho de Atá Chonen, até “Baruch Atá Hashem Chonen Hadáat” e depois seguir com o texto de Shabat.
- Se o indivíduo estava consciente que era Shabat, deverá interromper (quando disse somente “Atá”) e seguir com o texto de Shabat, apesar de o texto de Shabat iniciar com yismach Moshê.
c) Em Mussaf, deverá interromper e retomar de “Ticanta Shabat”, mesmo que já tenha falado outras palavras além de “Atá”, conforme explicado no primeiro item.
Se o indivíduo disser “Atá chonen” nas amidot de Arvit, Shachrit ou Minchá, mesmo que estava ciente de que era Shabat, deverá concluir o trecho e a bênção de Chonen Hadáat e somente depois seguir com o texto de Shabat.
3. Quem porventura tiver rezado a Amidá comum dos dias de semana no Shabat, e tiver mencionado o Shabat - como por exemplo, se disse: “Elokênu Velokê avotênu, retsê ná vimnuchatênu beyom Hashabat hazê” - mesmo que todo o resto tenha sido a Amidá dos dias comuns, cumpriu com sua obrigação.
Se não tiver mencionado o Shabat e já recitou o último Yihyu Leratson, mesmo que não tenha dado os três passos para trás, deverá repetir a Amidá do início.
Se lembrar antes de concluir o último Yihyu Leratson, deverá recomeçar do texto de Shabat depois da bênção de Hakel Hacadosh.
4. Quem se confundir e trocar uma Amidá por outra (entre Arvit, Shachrit e Minchá), não deverá refazer sua oração. Se perceber o engano depois de Hakel Hacadosh, deverá retomar o texto correto (Atá Kidashta, ou Yismach Moshê, ou Atá Echad) se não tiver concluído “Baruch Atá Hashem mecadesh Hashabat”. Se lembrar depois de recitar “Baruch Atá Hashem mecadesh Hashabat” não deverá refazer sua oração.
Mas se trocar a oração de Mussaf por uma das outras três (Arvit, Shachrit e Minchá), ou uma das outras três pela Amidá de Mussaf, deverá refazer sua tefilá corretamente.
Como no caso de ter trocado o Mussaf por outra tefilá existe uma machloket (controvérsia entre os legisladores), ao refazer a tefilá é apropriado que o indivíduo pense na seguinte condição: se não era necessário refazer esta tefilá que ela seja considerada nedavá (donativo). Há quem sustente, que nesse caso deverá ouvir a repetição do Mussaf pelo chazan e assim se isentará do mussaf que fez erradamente.
Se perceber que trocou Shachrit por Mussaf depois de concluir o último Yihyu Leratson, deverá voltar e rezar o Shachrit de Shabat na íntegra, porém não deverá mais rezar Mussaf, porque já o fez anteriormente.
No caso de ter trocado Mussaf por outra tefilá e ter concluído “Baruch Atá Hashem mecadesh Hashabat” antes de Retsê, deverá dizer “venaassê Lefanecha corban mussaf”.
Vaychulu
5. Não se deve conversar quando o chazan estiver recitando o trecho de Vaychulu e Bircat Meên Sheva na noite de Shabat.
do livro “Shomer Shabat”